Uma loja da Hermès na China vendeu US$ 2,7 milhões em produtos, segundo divulgado pelo Footwear News. Logo no primeiro dia depois do fim da quarentena, os chineses mais ricos parecem ter decidido ir às compras. Seria uma retomada do Consumismo X Consumo Consciente?

Hermes

Loja Hermés de Milão

Volta do Consumismo ou “Revenge Buying”?

Ou seria apenas um “Revenge Buying”? Esse termo significa “compra de vingança”, ou seja, uma compra exagerada devido uma demanda reprimida.

É importante considerar que a a Hermés não vende, as bolsas mais luxuosas, em sites de e-commerce. E fabrica bolsas que podem demorar até 70 dias para serem entregues, ou seja, boa parte dessa demanda entregue no dia da reabertura, já estava encomendada anteriormente. Além disso, o ticket-médio da marca já é muito alto, o que contribuiu para o alto faturamento da loja.

A loja de 5.500 metros quadrados está localizada em Guangzhou, uma das cidades mais ricas e mais populosas da China. Segundo a Hermès, a unidade recebeu um carregamento de bolsas raras, incluindo uma Himalayan Birkin com detalhes em diamantes, o que pode ter motivado os consumidores. Ao Footwear News, o CEO da marca, Axel Dumas, disse acreditar que o bom desempenho da loja também se dá pelo medo de frequentar locais que favoreçam aglomerações. “Lojas independentes, como a Hermès em Guangzhou, estão se saindo melhor do que shoppings porque as pessoas ainda estão desconfiadas”, disse.

Hermés

Mercado de Luxo da China

Entre outros aspectos a ter em conta, incluem-se a contribuição da indústria de luxo e ‘high-end’ para o Produto Interno Bruto (PIB) europeu que é de 4%, com uma injeção anual de 800 milhões de euros, bem como o fato de o setor empregar mais de dois milhões de pessoas na Europa, tendo criado 300 mil empregos na Europa entre 2014 e 2018. As exportações representaram 10% do total das exportações europeias em 2018. E a China representa quase 1/3 do consumo de luxo no mundo.

Diante de várias pesquisas, podemos entender que o case Hermés pode ser uma exceção do consumo pós pandemia, diante de todos os fatos citados acima. Especialistas estão mais tendenciados a acreditar que o movimento pós-covid vai trazer um consumo mais consciente. Tendência que já vem acontecendo há algum tempo. Acreditamos que as pessoas vão escolher melhor, questionar o que as marcas estão fazendo pela sustentabilidade e escolher roupas de maior qualidade e mais eternas. Além de ressignificarem o guarda-roupas e darem mais valor ao mercado nacional, a moda atemporal citada no post anterior, tende a sobressair em relação ao fast fashion, vocês não acham?

Fontes:
Cosmetic Innovation
Executive Digest
Uol

 

 

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